O segurança Paulo César de Souza, morador da localidade há mais de 10 anos, conta que a infestação de ratos no bairro começou há cerca de seis meses. Ele explica que os animais vivem nos terrenos baldios do bairro. “Aqui atrás de casa tem um terreno grande que é de onde vem os ratos. Ninguém sabe de quem é esse terreno. Um vizinho tem um galinheiro, que também atrai esses bichos. Outro terreno aqui da rua, quase na frente de casa, é um viveiro. A situação é complicada mesmo pois a gente acaba vivendo em função desses bichos”, diz.
Gerson Klaina |
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Arminda: tem que passar veneno todo dia e ficar de olho pra não atacarem a comida. |
Paulo ainda relata que já gastou muito dinheiro com venenos contra os roedores e conta que no mês passado um dos seus cachorros quase morreu intoxicado com o remédio. “Tem que passar todo dia, já que eles estão por tudo que é canto. Se não mata no veneno, mata na vassoura. Eu e minha esposa matamos uns quatro por dia na paulada. Esses dias, matei um que estava dentro da minha mala de trabalho”, relata.
A dona de casa Arminda Alves dos Santos mora em frente à casa de Paulo Cesar e também sofre com a presença dos roedores. Ela, que tem uma filha de 3 anos, conta que mata um rato praticamente todo dia. “Não dá pra dar mole. Tem que passar veneno todo dia e ficar de olho pra eles não atacarem a comida. É um horror viver assim, pois sabemos de todas as doenças que estes bichos passam pra gente”, protesta.
Gerson Klaina |
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Paulo César e a esposa matam em média quatro ratos por dia, na base da paulada. |
A vizinhança afirma que já reclamou com a prefeitura e solicitou a limpeza dos terrenos. “No ano passado já liguei lá e fiz os protocolos para verificar essa situação. Uns dias atrás fiz as mesmas reclamações, mas até agora nada aconteceu”, conta Paulo César.
Protocolos em andamento
A prefeitura de Campo Magro informou que os protocolos registrados no passado não foram encontrados pela atual administração, mas confirmou que as reclamações feitas neste ano já foram despachadas. De acordo a prefeitura, o protocolo de reclamação em relação aos problemas com os ratos já foi encaminhado para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e nos próximos dias uma avaliação será feita no bairro. Já em relação ao terreno, um estudo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano já está em andamento para verificar se a área aos fundos da casa de Paulo César pertence ou não ao município.
Gerson Klaina |
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Animais vivem em terrenos baldios. |