Dificilmente um raio pode provocar um apagão como o que ocorreu em 1999 no Brasil e anteontem em parte dos EUA e Canadá. No entanto, as descargas elétricas são as maiores responsáveis pela interrupção do fornecimento de energia elétrica de pequenas proporções, mas que também traz uma série de prejuízos. A informação é do professor Alexandre Piantini, coordenador do Grupo de Pesquisas de Alta de Tensão e Descargas Atmosféricas, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo.
De acordo com Piantini, dificilmente um raio pode provocar um apagão. Ele fala que isso pode ocorrer se unidades geradores ou as linhas de transmissão forem atingidas. Mas as companhias de energia elétrica tomam uma série de cuidados e possuem equipamentos de proteção.
O afetado geralmente é o sistema de distribuição que leva a energia às casas. Eles são bem maiores que os outros e o custo-benefício não compensa a instalação deste tipo de mecanismo. Em novembro, no 7.º Simpósio Internacional de Proteção contra descargas Atmosféricas, Piantini apresentará resultados preliminares de uma pesquisa que realiza. “Estamos estudando a instalação alguns equipamentos e verificando em quanto eles podem diminuir a queda de energia provocada por raio”, afirma. Ele explica que a medida é importante, porque mesmo que o sistema seja interrompido por apenas alguns minutos, indústrias, comerciantes e até os consumidores podem ter grandes prejuízos.