Radar não impede infrações na BR-376

O redutor eletrônico de velocidade que está em funcionamento na curva próxima à represa do Vossoroca – precisamente no km 653,4 da BR-376, no sentido Joinville-Curitiba – tem registrado aproximadamente 100 ocorrências por dia. A informação é do supervisor de Operação do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) no Paraná, David Gouvêa, que verificou a necessidade diária da troca do dispositivo armazenador de imagens e dados de velocidade dos veículos infratores, que ultrapassam a velocidade máxima permitida de 60 km/h.

?Na maioria dos redutores em uso é necessário fazer a troca do hardware de armazenagem uma vez por semana, de modo que estamos constatando um sério abuso de velocidade por parte dos condutores?, considera.

O dispositivo começou a operar no dia 28 de abril e foi instalado pela unidade paranaense do DNIT, com o objetivo de evitar acidentes, que, conforme o órgão, acontecem com bastante freqüência no local. Segundo Gouvêa, a intenção do uso do equipamento é garantir que a velocidade seja respeitada, e a ocorrência de acidentes minimizada. ?O redutor eletrônico é uma forma de exigir que os motoristas trafeguem numa velocidade compatível com as condições de segurança da pista.?

Gouvêa acredita que, com o tempo, as infrações no local vão diminuir. Embora a instalação dos aparelhos seja feita pelo DNIT, quem faz as autuações e penalizações é a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Conforme a PRF, o trecho é bastante perigoso, principalmente em épocas de neblina intensa. Nos primeiros três meses do ano, a PRF registrou sete acidentes com duas pessoas feridas. Em 2004, foram 51 acidentes, com 14 feridos e cinco óbitos. Se comparados com os dados de 2003, verifica-se que o número de acidentes quase dobrou. Naquele ano foram notificados 23 acidentes, que deixaram nove feridos e cinco mortos.

Acima do limite

Segundo a PRF, a causa principal desses acidentes é o excesso de velocidade. Em meados do ano passado, a PRF já havia feito um levantamento no local, verificando que 100% dos veículos trafegava com velocidade acima do limite estabelecido de 60 km/h. Á época, o órgão havia solicitado ao DNIT que fosse implantado um redutor de velocidade.

Gouvêa informa que em São Paulo, na região da Serra do Cafezal, foram colocados na BR-116 treze redutores de velocidade num trecho de 30 km, e foram obtidos bons resultados. Segundo ele, houve uma redução enorme na quantidade de acidentes. ?Os equipamentos são caros, mas necessários. Pois a vida não tem preço.?

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