A liberação dos quiosques para os vendedores ambulantes de Guaratuba deve ser decidida na segunda-feira. No fim da tarde de ontem, o prefeito da cidade, Miguel Jamur, teve um encontro com os quiosqueiros e prometeu enviar um ofício no início da próxima semana ao Patrimônio da União no Paraná para solicitar a liberação dos quiosques.
De acordo com o presidente da Associação dos Quiosqueiros de Guaratuba, Osório Soares, a expectativa é de que os vendedores possam começar a trabalhar no fim da semana que vem. Ainda segundo Soares, durante a reunião foi acertado que haverá 30 quiosques na área central da praia, 21 na Praia Brava e três na Praia das Caieiras. O número total que ocupava a orla de Guaratuba anteriormente era de 90 quiosques, sendo 56 na praia central.
De acordo com o secretário de Urbanismo de Guaratuba, Lúcio Moura, outras preocupações surgiram com o desenrolar da discussão, o que prolongou a história. A determinação em torno do tipo de estrutura (se vai continuar sendo quiosque, se vai ser substituído por uma tenda ou um tipo de carrinho) e tipo de produtos que podem ser vendidos, por exemplo, vai sair na semana que vem. ?A preocupação não é apenas com os vendedores estarem instalados e vendendo, mas com os consumidores?, disse o secretário.
Para Moura, alimentos que utilizam fritura devem ser barrados, por imposição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). ?Com a areia e o calor do litoral, não são os alimentos mais apropriados para comercializar no local?, informou. No ano passado, 90% dos quiosques de Guaratuba foram vetados pela Vigilância Sanitária, segundo o secretário. ?Não foi detectada contaminação, mas não havia as condições mínimas exigidas pela Anvisa?, destacou. Os quiosques permaneceram irregulares por mais de sete anos.
Para evitar situações como essa, os quiosqueiros deverão assinar um termo de compromisso em que vão se sujeitar à fiscalização diária. O controle será feito de maneira integrada, envolvendo as áreas de Meio Ambiente, Vigilância Sanitária e Urbanismo da Prefeitura. ?Não somos contra a forma de trabalho dessas pessoas, mas precisamos preservar o bem-estar e a saúde da população?, afirmou Moura. Outro cuidado será em relação ao tamanho dos quiosques, para não ocupar todo o espaço do calçadão.