O Paraná passa a contar, a partir desta segunda-feira (4), com mais 15 bibliotecas do projeto Arcas das Letras para atender comunidades rurais ou quilombolas de 12 municípios. Segundo o delegado substituto do Ministério do Desenvolvimento Agrário, José Leitão, desde que o programa foi criado, em 2003, já foram implantadas 141 arcas em 64 municípios paranaeses e entregues 16 acervos de livros para casas familiares rurais.
"A arca é uma biblioteca rural com um acervo de até 220 livros didáticos, literatura adulto e infanto-juvenil e livros técnicos, que são deixados em casas da comunidade, onde, agentes treinados, realizam os empréstimos e incentivam a prática da leitura", explica Leitão.
O Programa de Bibliotecas Rurais foi criado pela Secretaria de Reordenamento Agrário do ministério em parceria com movimentos sociais e de órgãos não-governamentais, e já beneficiam 398.710 famílias. "São 3.292 bibliotecas, com um total de 721.196 livros, envolvendo o trabalho de 6.756 agentes de leitura que atendem também 140 acervos em escolas ou casas familiares rurais."
De acordo com José Leitão, as arcas entregues no Paraná foram fabricadas em penitenciárias de Santa Catarina, em parceria com a Eletrosul, que forneceu a madeira e faz a entrega nas comunidades. Os livros do projeto são indicados ou selecionados de acordo com o perfil cultural de cada comunidade.
O móvel de madeira é fabricado em marcenarias de penitenciárias, por trabalhadores sentenciados que recebem bolsa trabalho e redução das penas pelo serviço. Para obter os títulos, o Ministério do Desenvolvimento Agrário conta com o apoio do Ministério da Educação, através do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e de outras instituições públicas e privadas que publicam livros ou produzem informações de interesse para as pessoas que vivem no meio rural.
