Quinhentas pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), pediram a saída do presidente interino Michel Temer (PMDB), no Centro de Curitiba, na tarde deste domingo (15). Segundo os organizadores do movimento, foram dois mil participantes. 

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Os manifestantes começaram a se reunir por volta das 16h na Praça Santos Andrade e às 17h30 seguiram caminhando até o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Juvevê. No local, após 30 minutos de caminhada, foram recebidos com faixas em apoio à manifestação. 

Sem grandes recursos como nos atos contra o PT, os manifestantes protestaram com cartazes e bandeiras do Brasil. Há também uma bandeira com a imagem da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Na falta de um trio elétrico, os organizadores falaram em um megafone, que ficou aberto para quem quisesse discursar.

A universitária Virgínia Bastos Brolesi, 23 anos, esteve na Praça Santos Andrade e disse não reconhecer o governo de Temer. “Acredito que o Temer não merece ser reconhecido como presidente. Não da forma que aconteceu”, explicou a estudante. O publicitário Marcel Bely, 27 anos, também criticou a forma como o presidente interino assumiu o posto. “Fui ao protesto para lutar pela democracia, pois não reconheço esse novo governo como legítimo”, concluiu. 

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Nos discursos durante a manifestação, os participantes chamaram Temer de golpista e criticaram a falta de mulheres no ministério do atual governo. Houve também críticas ao juiz Sérgio Moro, ao governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e ao deputado federal Eduardo Cunha (PMDB).