Quedas de idosos são uma epidemia no Brasil

As quedas e suas consequências para as pessoas idosas no Brasil têm assumido dimensão de epidemia. Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são incalculáveis. E o pior, atinge toda a família na medida em que a pessoa idosa que fratura um osso acaba hospitalizada e frequentemente é submetida a tratamento cirúrgico. Os custos para o sistema de saúde também são altos.

A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, ano do último levantamento sobre o tema realizado pelo Ministério da Saúde, foram R$ 57,61 milhões com internações (até outubro) e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose. Em 2006, foram R$ 49 milhões e R$ 20 milhões respectivamente. Para promover a saúde do grupo populacional o Ministério da Saúde chamou as secretarias estaduais e municipais de saúde a realizarem esforços conjuntos para redução das taxas de internação por fratura do fêmur na população idosa.

A quantidade de internações aumenta a cada ano e as mulheres são as mais atingidas. Entre as mulheres foram 20.778 mil internações em 2009 e entre eles 10.020 mil (dados até outubro). Por causa da osteoporose, elas ficam mais vulneráveis às fraturas. Os homens caem, mas não fraturam tanto quanto as mulheres. Em 2001, esses números eram bem menores, 15 mil internações do sexo feminino e 7 mil do sexo masculino.

Acidentes dentro de casa

Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que 43% das quedas de idosos ocorrem dentro de suas próprias casas. O estudo foi feito com 108 idosos. Do total de entrevistados, 63% caíram mais de uma vez.

De acordo com a pesquisa, os fatores que levam idosos a quedas estão relacionados principalmente à fraqueza dos membros inferiores, à pouca flexibilidade, à falta de equilíbrio e ao problemas de visão. Pisos escorregadios, tapetes e objetos no chão também fazem aumentar o número de quedas.

São apontados ainda como fatores de risco a iluminação deficiente; ambientes com várias tonalidades de uma mesma cor, já que parte dos idosos não distinguem com clareza os tons; camas de altura inadequada e móveis frágeis, principalmente os que podem ser utilizados pelos idosos como apoio.

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