Não só quem canta, mas quem dança também seus males espanta. É o que garantem os participantes do baile organizado pela Associação Curitibana da Melhor Idade, no Portão, todas as quartas-feiras e domingos. Os ritmos podem até variar, mas a animação é sempre contagiante. No máximo uma paradinha para descanso e os passos continuam até o anoitecer. Difícil é encontrar alguém parado por lá.

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A associação existe há cerca de dois anos e meio, mas os bailes para os idosos acontecem há aproximadamente 15 anos, conta o presidente da associação, José Barberini. Às quartas-feiras e domingos, das 14 às 18h, a festa é garantida. “Cada semana é um grupo musical diferente e uma vez por mês temos o baile gaúcho”, diz.

Marco Andre Lima
Barberini: tem gente que chega desanimado e sai com a cabeça diferente.

De acordo com Barberini, os bailes têm em média 300 frequentadores. “Vem gente de toda Curitiba, cidades periféricas e até de outros estados. Já veio gente de Santa Catarina, São Paulo, Bahia e até Paraíba”, cita. Quem quiser participar só precisa ir até a associação. “Pode chegar à vontade. A intenção é fazer disso aqui uma grande família. Todo mundo se conhece, todo mundo se cumprimenta”, destaca.

O presidente da associação diz que a dança traz benefícios para a saúde e para o bem-estar dos idosos. “Tem gente que chega desanimado e sai com a cabeça diferente, por mais que não dance, só de escutar música já melhora”, diz.

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Mas a diversão não é desmedida. Os dançarinos precisam respeitas algumas regras da casa. Lá não entra bebida alcoólica e é proibido usar vestido ou saia muito curtos, shorts e bermudas. Também é proibido fazer gestos ou atos que atentem contra a moral e jogar lixo no chão. “Às vezes a gente precisa dar uns puxões de orelha no pessoal”, comenta Barberini.

Eles nunca faltam!

Marco Andre Lima
Difícil é encontrar alguém parado no baile da melhor idade. Embalados por vários ritmos, cerca de 300 idosos participam a cada quarta e domingo.

O casal Mivahir Vieira, 79 anos, e José Maria Metzger, 80, não perde um baile. “Só quando tem um evento especial”, conta Mivahir. Há seis anos, eles festejaram bodas de ouro na associação. “Com direito a tapete vermelho e marcha nupcial”, diz. A dança preferida do casal é o tango, que já ganhou até troféu em concurso.

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Basilio de Polo, 75, e Irma Balissera de Polo, 70, nasceram no Rio Grande do Sul. Eles carregam as tradições para o baile da associação – roupas típicas e chimarrão. “Nos conhecemos dançando e nunca paramos de dançar”, diz Irma. “A dança é um divertimento e aqui fazemos muitas amizades. O povo fala que se nós não chegarmos não começa o baile”, afirma Basilio.

Mesmo com a esposa trabalhando, Romário Cill levou o filho, de 13 anos, para fazer companhia. “Minha dança eu não perco”, comenta.

Serviço:
Associação Curitibana da Melhor Idade
Rua Francisco Klemz, 289 – Portão
Uma quadra abaixo do Sesi

Marco Andre Lima
José e Mivahir são presença assídua.

Confira no vídeo como funciona o bailão.