Multas e infrações

Quadrilha que comprou e vendeu 3,5 mil pontos de CNHs é alvo da polícia

Polícia cumpre mandados contra envolvidos na compra e venda de pontos de CNH. Foto: Polícia Civil/Divulgação.

Uma quadrilha suspeita de financiar o mercado clandestino de comercialização de pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é alvo de uma operação da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (16). Os policiais estão nas ruas para o cumprimento de 86 alvos, entre empresas e pessoas físicas. A operação quer combater irregularidades na apresentação de condutores em multas de trânsito, foram cerca de 3,5 mil pontos registrados irregularmente.

Segundo a Polícia Civil, 250 policias civis participam da operação com a missão de cumprir nove mandados de prisão temporária e 119 de busca e apreensão, de forma simultânea, em 14 cidades do Paraná. São elas: Curitiba, São José dos Pinhais, Maringá, Marialva, Sarandi, Foz do Iguaçu, Cianorte, Campo Mourão, Londrina, Cambé, São Jorge do Ivaí, Porto Rico, Paiçandu e Janiópolis.

A Polícia Civil informou ainda que entre os alvos estão despachantes, empresas de consultoria de trânsito e autoescolas. Quinze dos suspeitos possuem antecedentes por crimes como embriaguez ao volante, afastar-se de local de crime para fugir da responsabilidade civil e penal, tráfico de drogas, estelionato, porte ilegal de arma de fogo, furto, falsificação de selo ou sinal público, uso de documento falso, dirigir sem CNH, associação criminosa, receptação e sonegação tributária.

3,5 mil pontos fraudados

A investigação estão iniciou há 9 meses, mas trabalha com levantamentos feitos desde o ano de 2018. A PCPR apurou a existência de 3,5 mil pontos fraudados. Muitos dos condutores indicados eram pessoas que já morreram.

O foco da ação não é apenas responsabilizar empresas envolvidas nos crimes, mas também pessoas comuns que oferecem suas CNHs para receberem pontuação, isentando de responsabilidade os verdadeiros infratores – evitando que estes tenham seus documentos suspensos ou cassados.

No campo administrativo, o Detran/PR está estabelecendo novas rotinas em seus sistemas visando evitar esse tipo de indicação fraudulenta. Os suspeitos estão sendo investigados por falsidade ideológica e associação criminosa.

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