Se depender da disposição do Ministério Público de São José dos Pinhais, o Pronto-Socorro (PS) do Hospital São José, cujas portas foram fechadas na última segunda-feira, deve voltar a funcionar em alguns dias. O promotor Divonzir José Borges, autor das três ações que envolvem o hospital tem, na manhã de hoje, uma reunião com o secretário estadual de Saúde, Cláudio Xavier, e se mostrou otimista quanto à possibilidade de o Estado se comprometer com um repasse mensal ao hospital.
"Hoje o hospital precisa de R$ 656 mil para prestar atendimento digno à população. Desta quantia, R$ 250 mil é proveniente do teto do Sistema Único de Saúde (SUS). Se o Estado e o município se comprometerem a repassar R$ 200 mil cada, a questão se resolve", explicou Borges.
Apesar de a secretária municipal de Saúde, Cristina Walbach, ter assegurado que a Prefeitura não prevê no orçamento dos próximos meses repasse ao hospital, o promotor acredita na boa vontade do prefeito Leopoldo Meyer, que acenou com a possibilidade de repassar pelo menos R$ 150 mil. "Incrementando este valor, chegamos a uma quantia interessante."
Segundo Borges, o PS do Hospital São José, que é filantrópico, atende até cinco mil pacientes ao mês e é o mais capacitado da cidade, que hoje tem 300 mil habitantes. "Há um prejuízo grande à população", assegura o promotor.
Intimação
Tocado com o caso do Hospital São José, cujo relatório foi apresentado por Borges, o juiz Ivo Faccenda, da 2.ª Vara Cível, determinou que a Prefeitura Municipal de São José do Pinhais e o governo do Estado repassem, cada um R$ 328,00 mil, para que seja alcançada a quantia gasta para a prestação de um atendimento de qualidade. O município foi intimado na última sexta-feira e o governo do Estado na terça-feira. O prazo previsto pela Justiça para o depósito ao hospital expira hoje, mas a previsão é que a questão se resolva ainda pela manhã.
