A vez das Bikes!

Próxima Via Calma já tem local para ser implantada

Implantada há pouco mais de um ano na Avenida Sete de Setembro, a Via Calma deve ser ampliada para outras regiões da cidade por onde passam as canaletas das linhas expressas. Entre os trechos que devem ser adaptados para receber a faixa prioritária para ciclistas e ter a velocidade máxima reduzida para 30km/h está a Avenida João Gualberto. O projeto aguardando apenas pelo lançamento da licitação.

Nesse caso, a Via Calma deve repetir o que foi feito na Avenida Sete de Setembro e terá verba do próprio município para bancar o custo das obras. Mesmo sem previsão pra mudança, o promotor de vendas Alexandre Carvalho, que trocou o ônibus pela bicicleta para ir ao trabalho, já comemora. “Como me desloco muito para atender diferentes mercados na região, a bicicleta é melhor. De ônibus teria que pegar quatro linhas e ainda caminhar. Acho que se fizerem uma faixa para bicicleta irá ajudar muito”, afirma Alexandre.

Acalmar

A ideia da Via Calma é criar espaços para todos os modelos de transporte e reduzir a circulação de ciclistas nos corredores exclusivos para ônibus. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), após a inauguração da primeira Via Calma houve queda de 80% para 20% no total de ciclistas que trafegam pela canaleta.

“Pelo que observamos, houve uma evolução no número de ciclistas que passam pela avenida utilizando as ciclofaixas. O número de mulheres, inclusive de crianças, usando a bicicleta, também aumentou. Isso mostra que o ciclista sente segurança ao andar pela via calma”, explica o coordenador da área de ciclomobilidade do Ippuc, Antônio Miranda.

A nova Via Calma deve aumentar em 14 quilômetros a malha cicloviária da cidade. Mas, segundo a prefeitura, ainda não há previsão para que o edital da licitação seja lançado.

Mais projetos

Outros projetos preveem a implantação da Via Calma na Avenida República Argentina/Wisnton Churchill e a Rua Padre Anchieta e ainda estão sendo adaptados e dependem de repasses do PAC da Mobilidade. “Quando iniciamos o trabalho com foco na ciclomobilidade, a cidade possuía 127km de ciclovias e ciclofaixas. Hoje são 190km. Com vias calmas passaremos de 200km. É importante que os espaços públicos estejam preparados para as pessoas, independente se estão de carro, a pé ou de bicicleta”, defendeu Miranda.

“Aqui não!”

Contrária à ideia de compartilhar as ruas com a bicicleta, a Associação de Moradores e Empresários do Bigorrilho e Campina do Siqueira (Abicam) quer impedir que a Via Calma seja criada na Rua Padre Anchieta. “Os moradores terão mais dificuldade ao sair de casa e isso deprecia o preço dos imóveis, além dos clientes que deixarão de passar pela região para evitar o trânsito”, reclama o presidente da Abicam, Paulo Bueno.

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