Os funcionários da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (29). A mobilização ocorreu na troca de turnos, por volta das 7h30. Os funcionários que estavam deixando a unidade da Petrobras se uniram aos que deveriam entrar para trabalhar naquele horário e atrasaram o início das atividades.
A categoria está reivindicando melhores condições de trabalho e maior segurança dentro da refinaria. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) do Paraná e Santa Catarina e presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roni Anderson Barbosa, há divergência entre a Repar e o sindicato sobre o número de funcionários que devem trabalhar no local. A negociação sobre a segurança vem desde 2004.
Barbosa explica que reivindicação sobre a segurança é uma pauta local. Os funcionários da Repar estão nesta mobilização desde o início desta semana, promovendo atrasos na entrada de turnos. Uma assembleia será realizada no final da tarde desta quinta-feira e vai debater a possibilidade de greve por tempo indeterminado.
De acordo com Barbosa, paralelamente está em andamento a campanha salarial da categoria, em âmbito nacional. Os trabalhadores pedem, entre outras solicitações, a antecipação do Índice de Custo de Vida (ICV), de 7,29%, para reposição imediata de perdas salariais nos últimos 12 meses. A pauta foi protocolada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) no início deste mês.
De acordo com a assessoria de imprensa da Repar, não houve nesta quinta-feira paralisação das atividades ou prejuízo na produção com a manifestação dos funcionários. Apenas atraso no horário de entrada do turno da manhã. A Petrobras informou, por meio de nota, que mantém um canal aberto de diálogo com o Sindipetro sobre as demandas locais da refinaria.
Sobre as reivindicações de efetivo, a companhia explica que o item faz parte da discussão do Acordo Coletivo de Trabalho 2011. As negociações foram iniciadas nesta semana, conforme sinalizou a Petrobras.