Mulheres de policiais militares realizaram, ontem, mais um protesto em frente ao Hospital da Polícia Militar (HPM), no Jardim Botânico, em Curitiba. A manifestação com faixas de repúdio, principalmente ao governador Jaime Lerner, foi menor que a da semana passada, mas serviu para mostrar que elas estão indignadas com o possível fechamento da instituição. “O governo quer transformar o hospital em Unidade Sanitária, para fazer consultas apenas para o pessoal da ativa e nós não aceitamos isso”, ressaltou a presidente do Centro Integrado do Movimento das Esposas de PMs (Cimepon), Lúcia Maria Sobral.









Mulheres de
PMs não aceitam
consultas médicas
no HPM só
para os da ativa.

 

 

Pela manhã, a rua em frente ao HPM foi interditada em meia pista. As mulheres de PMs organizaram um apitaço e mostravam aos motoristas faixas, como uma em que estava escrito: “Sr. governador, já basta o IPE. Agora quer falir o HPM”. Elas, assim como o pessoal da ativa e os inativos, temem ser atendidos pelo novo plano do governo do Estado, o Sistema de Assistência à Saúde. Segundo a pensionista Ana Maria Hostins, a intenção do governo é enrolar os usuários do hospital até o fim do mês. “Eles querem fechar as portas para aqueles que ajudaram a construir este prédio.” O PM da reserva Daniel Alves Adriano confirma o descaso. “Isso tudo foi construído com desconto e mão-de-obra dos policiais.” Se os inativos não tiverem direito a usufruir do hospital, ele disse que vai requerer o fim do desconto do Fundo Saúde.

Apesar de o comandantegeral da PM, coronel Gilberto Foltran, ter negado a transferência de pacientes para outros hospitais da cidade, a mulher de PM Andréa Soares Silva dos Santos, que veio de Paranavaí para ser internada no HPM, contou que foi informada que será encaminhada para outro hospital. “Fui atendida aqui e quero ser internada aqui”, declarou. O cabo reformado Ranulfo Monteiro Silva é outro que não aceita o fechamento do HPM. “Se um dia eu deixar de ter assistência médica, quebro tudo, pois tenho direitos”, ameaçou.

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