Trabalhadores que atuam nas unidades de saúde de Curitiba realizam durante esta segunda-feira (30) uma série de protestos contra a lentidão na discussão do IDQ (remuneração prêmio que estabelece metas), os baixos salários e a falta de efetivo no quadro de funcionários. “Simplesmente não está havendo avanço nenhum nas conversas e a situação não pode permanecer desse jeito”, disse Irene Rodrigues dos Santos, coordenadora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), que organizou os atos.
Segundo o sindicato, as unidades básicas de saúde e os centros de saúde da família tiveram todos os atendimentos paralisados pela manhã, das 7h às 7h30, e pela tarde, das 13h às 13h30. Nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), as paralisações ocorreram das 12h30 às 13h e ainda vão parar das 18h30 às 19h. De acordo com o Sismuc, nas unidades de saúde os protestos só ocorreram na segunda. Já nas UPAs, as paralisações se repetem na terça e quarta-feira. Na quinta, os trabalhadores realizam uma assembleia para decidir se entram ou não em greve na semana que vem.
Para a coordenadora do Sindicato, a lentidão nas negociações da pauta de reivindicação da categoria tem irritado a categoria. “Há meses há essa discussão e precisamos definir logo uma série pontos. Entre elas a falta de isonomia salarial, a definição sobre a carga-horária de 30 horas, que até temos uma carta compromisso assinada pelo prefeito, e a questão do IDQ, que somos contra. Mas não existe conversa com a prefeitura”, afirma Irene. Segundo o Sismuc, a adesão foi de 90% dos trabalhadores de saúde de Curitiba.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou dados que, de acordo com o órgão, apresentam melhoras no sistema de saúde municipal em 2013. Ainda no texto, porém, a prefeitura informa que reconhece o direito de seus servidores se expressar e de se manifestar democraticamente e pede desculpas por qualquer inconveniente aos usuários da rede pública de saúde.