Consenso

Protesto gera reunião e paralização de obras em Praça

O projeto que prevê a passagem do Ligeirão Norte na Praça do Japão ficará congelado até que seja feita uma análise conjunta por técnicos da Prefeitura e representantes da comunidade. A decisão foi comunicada pelo secretário de Relações com a Comunidade, Caíque Ferrante, ao final de reunião promovida na manhã desta quinta-feira (10) por moradores do entorno da Praça, Associação de Pais e Mestres do Colégio Santa Terezinha e representantes da comunidade nipônica.

No início do encontro, o secretário convidou a comunidade a formar uma comissão que acompanhe de perto todo o processo. As obras continuarão normalmente até a estação tubo Bento Viana, que está sendo desalinhada para permitir a abertura de uma faixa de ultrapassagem na canaleta. É a partir deste ponto que a obra vai aguardar a análise a ser feita em conjunto com a comunidade.

Caíque Ferrante explicou que a gestão atual está recebendo o projeto agora e que vai fazer uma análise criteriosa do que se está propondo, análise esta, afirmou, que será feita em conjunto com a comunidade. “Queremos que a comunidade esteja conosco, discutindo e estudando este projeto com as várias secretarias envolvidas”, afirmou Caíque. O objetivo, explicou, é promover a mobilidade e melhorar o transporte coletivo, com uma alternativa como o Ligeirão, que reduz o tempo de viagem. Mas isto, afirmou o secretário, precisa ser feito ouvindo a comunidade, de forma transparente.

Presidente da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu e morador do bairro Agua Verde, onde fica a Praça do Japão, André Feijes considera a transparência essencial para que se chegue a uma solução que atenda o transporte coletivo e a preservação da praça. “Sou usuário do transporte coletivo e como tal considero que o projeto apresentado é necessário e deve ser implantado. Mas o poder público precisa se comprometer com a preservação da praça e ouvir a comunidade”. André contou que já ouviu boatos como de que a praça destruída ou cortada ao meio. “Quando a gente conhece o projeto, como está acontecendo agora, nesta reunião, vê que, em relação ao benefício, a passagem do Ligeirão por aqui é algo com que se pode conviver”, afirmou.

O presidente da Associação de Pais e Mestres, Arandi Bezerra Junior, destacou a mobilização da comunidade. “O que estamos pedindo é que os técnicos apresentem soluções.”

PROJETO

O projeto, apresentado pela arquiteta Olga Mara Prestes, prevê a criação de uma faixa exclusiva para o Ligeirão contornando a praça, onde não terá nenhuma parada. O Ligeirão, pela proposta apresentada, vai parar na estação tubo Bento Viana, sentido bairro, contornar a praça e voltar para a Sete de Setembro parando na estação Bento Viana sentido centro. Neste retorno, ele compartilha com o Expresso vermelho (parador) a canaleta que liga as avenidas Sete de Setembro e República Argentina.

O Ligeirão Norte será o terceiro a ser implantado na cidade – os outros dois são o Pinheirinho/ Carlos Gomes, na Linha Verde; e Boqueirão, na Marechal Floriano Peixoto. O projeto do Ligeirão Norte prevê a ligação do Terminal Santa Cãndida à Praça do Japão, com apenas oito paradas, fazendo um trajeto de 11,5 quilômetros em 25 minutos, uma economia de 15 minutos em relação à Expresso parador. Neste eixo são transportados 130 mil passageiros.A previsão é que no Ligeirão Norte sejam transportados 50 mil passageiros por dia.

A Rede Integrada de Transporte tem uma frota operante de 1.920 ônibus que percorrem por dia, cerca de 480 mil quilômetros, em 21 mil viagens. Por dia, são 2,3 milhões de passageiros.

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