Protesto fecha BR-158 por doze horas

Um protesto contra a má conservação da BR-158 paralisou ontem o tráfego entre as cidades de Pato Branco e Coronel Vivida, região Sudoeste do Estado. Os cerca de 500 manifestantes que bloquearam a estrada reivindicavam urgência por parte do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) na execução das obras de recuperação do trecho de 37 quilômetros entre as duas cidades. Caminhões, carros e ônibus chegaram a formar filas de até um quilômetro durante as doze horas – entre 6h e 18h – em que a rodovia ficou fechada pelos moradores de Coronel Vivida e municípios vizinhos.

Manifestações como a de ontem vêm se repetindo na mesma rodovia desde o mês de junho. É a quinta vez que os moradores fecham a estrada em cinco meses. ?Está sucateada. Tem mais buraco do que BR?, disse o chefe de gabinete da Prefeitura de Coronel Vivida, Gilmar Cenci. As administrações municipais da região vêm convocando a população para protestar contra a demora na tomada de providências por parte do governo federal para resolver o problema da estrada. ?Já tem recurso liberado, mas um entrave político impede que as obras comecem logo. Mais de mil pessoas passam todos os dias por aqui, como os alunos de Chopinzinho, Mangueirinha, São Sebastião e Santa Lúcia que estudam em Pato Branco. Os motoristas do transporte escolar não agüentam mais?, reivindica.

Os estudantes tiveram as aulas suspensas ontem por conta da manifestação. ?A gente colocou aviso no rádio informando que as aulas seriam canceladas.? A passagem era liberada apenas para cargas vivas e emergências. Quem tinha pressa de chegar a Pato Branco teve de desviar o caminho indo pela PR-493, passando por Itapejara d?Oeste. A opção aumenta o percurso em 30 quilômetros.

DNIT

A coordenação do DNIT no Paraná divulgou ontem, em nota oficial, que as obras ainda não começaram na BR-158 por causa de um detalhe administrativo. De acordo com o órgão, a empresa que venceu a licitação para executar as obras de recuperação da estrada, a Xingu Construtora de Obras Ltda., mudou sua razão social para Xingu Construtora Ltda., o que teria causado entendimento por parte da Procuradoria do DNIT em Brasília – responsável pela elaboração do contrato que autorizaria o início das obras – que a empresa vencedora da licitação não é a mesma que se propõe a assinar o contrato. A Procuradoria recusa a nova razão social e sugere realização de nova licitação.

A nota informa, ainda, que a coordenação do DNIT do Paraná busca uma solução mais rápida junto ao Conselho de Administração do órgão em Brasília. 

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