Bancários fecharam ontem 26 agências do HSBC em Curitiba. Só duas agências não pararam de funcionar, mas houve mobilizações da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na frente das unidades. Nas demais, o atendimento volta ao normal hoje. O ato nacional paralisou 100 das 850 agências do HSBC.
Os protestos cobram principalmente o posicionamento do banco em relação às reivindicações dos trabalhadores e criticam os altos índices de demissões. De acordo com o Sindicato dos Bancários, a média de desligamentos no HSBC em Curitiba e região é de 700 funcionários ao ano. Em 2012, o saldo entre contratações e demissões no País foi negativo, com defasagem de 946 postos de trabalho.
“Estamos tentando a negociação com o banco sobre nossa pauta de reivindicações, mas já foram cinco reuniões sem avanço. A empresa está só na negativa e com muita demissão”, aponta o diretor do sindicato e coordenador da comissão de empregados do banco, Carlos Kanak. No ano passado foram 698 desligamentos na Grande Curitiba.
Pressão
Além dos cortes, Kanak ressalta que o clima organizacional está comprometido, por causa da insegurança e da pressão sobre os trabalhadores. “O número de funcionários está reduzido e a pressão aumentando. Além do enxugamento das agências, o banco alterou o plano de saúde, tirando direitos”, lamenta. Em nota, o HSBC afirmou que “respeita o direito democrático de manifestação dos sindicatos, mas não comenta publicamente as reivindicações, pois há comitês permanentes para discussão destas questões”.
