O não pagamento por serviços prestados para campanha política gerou confusão na frente do apartamento do deputado federal Wilson Picler (PDT/PR), no bairro Bigorrilho, em Curitiba.
Cerca de 30 pessoas foram até o local cobrar o dinheiro prometido por 15 dias de trabalho entregando panfletos e fazendo abordagens com eleitores, entre 15 de julho e 1.º de agosto. Foram 300 pessoas contratadas para o serviço. Cada uma delas receberia, em média, R$ 510 pelo período.
O pagamento deveria acontecer na última segunda-feira, segundo Fernanda Guimarães Correia, que participou do protesto em frente do apartamento do deputado federal. Os manifestantes levaram cartazes e fizeram discursos em um carro de som.
“Foram quatro ou cinco promessas de pagamento. Ontem (quinta-feira) ficamos o dia inteiro no comitê esperando e não nos pagaram. Teve mulher que largou o filho doente no hospital para poder receber e voltou sem nada”, conta Leonor da Silva, que também prestou serviço.
A assessoria de comunicação do deputado informou que este transtorno foi causado por um candidato a deputado estadual que contratou os trabalhadores utilizando a razão social do parlamentar e em seu nome.
Picler alega que desconhecia a contratação destas pessoas, pois, segundo ele, os contratos de trabalho não têm sua assinatura. Ele prometeu tomar providências legais contra a pessoa que utilizou seu nome e prometeu que os trabalhadores não serão prejudicados.