Acontece hoje o 1.º Grito: Natureza que vale, um protesto contra a plantação de pínus e extração de minerais no Vale da Ribeira, Região Metropolitana de Curitiba. A intenção é questionar o governo estadual sobre a falta de fiscalização ambiental na região.
Representantes dos municípios de Adrianópolis, Cerro Azul, Itaperuçu e Tunas do Paraná se reúnem nesta manhã em Rio Branco do Sul, de onde devem sair ônibus e carreata com jipes e motos em direção a Pilãozinho, na rodovia PR-92. No local, será celebrado um culto ecumênico, para o qual a organização espera a presença de mil pessoas.
De acordo com uma das organizadoras do protesto e representante da Associação de Moradores de Rio Branco do Sul, Marina Prestes Monteiro, é grande a devastação na natureza, principalmente em Cerro Azul e Rio Branco do Sul. Pilãozinho seria um dos pontos mais críticos. ?Os morros em volta estão totalmente desmatados. Foi plantado e arrancado pínus. Agora, não nasce mais nada?, afirmou.
Ainda segundo Marina, os órgãos ambientais não têm atuado como deveriam, já que a plantação de pínus em topo de morros e próxima aos rios é proibida. ?Grandes empresas têm comprado terrenos para plantar o pínus, sem receber multa ou fiscalização. Já as pequenas plantações e a agricultura familiar têm grande dor de cabeça quando cortam um pé de árvore no seu terreno?, comparou Marina.
A idéia para o protesto foi tomada a partir de uma conferência sobre o clima, realizada em Cerro Azul e que debateu os efeitos do desmatamento da natureza sobre o aquecimento global.