Protesto contra o Ato Médico na capital

O som de apitos quebrou a rotina de quem passou ontem de manhã pelo centro de Curitiba. Munidos de apitos, estudantes e profissionais de diversas áreas protestaram contra o projeto de Lei 7.703/2006, conhecido como Ato Médico, que tramita na Câmara dos Deputados.

Eles carregavam faixas e fitas pretas nos braços para chamar a atenção da população sobre as conseqüências caso o projeto seja aprovado. O projeto originalmente foi apresentado sob número 25/2002, pelo então senador Geraldo Althoff, de Santa Catarina.

O projeto de lei dispõe sobre o exercício da Medicina. No entanto, o texto é contestado por profissionais das áreas de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Nutrição, Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Terapia Ocupacional, Odontologia, Serviço Social e Técnicos em Radiologia. Eles acreditam que a medida os tornaria apenas assistentes, pois somente os médicos seriam os responsáveis em fazer diagnósticos e prescrever terapias. Isto acabaria com tratamentos multidisciplinares, pois haveria apenas a visão do médico sobre o caso.

?O Ato Médico está invadindo as outras áreas da saúde. Existem situações que o cidadão pode procurar diretamente um fisioterapeuta, por exemplo?, comenta a estudante Larissa Lima, do Centro Acadêmico de Fisioterapia Abdo Zeghbi, da Faculdade Evangélica.

Segundo a organização do protesto, cerca de 500 pessoas participaram da manifestação. A presidente do centro acadêmico, Flávia Luiz Matos, lembra que no próximo dia 15 o relator do projeto de lei, o deputado Edinho Bez (PMDB/SC), vai dar seu parecer sobre o Ato Médico.

De acordo com ela, ontem foi a oportunidade de mostrar a opinião dos profissionais envolvidos e chamar a atenção da população sobre o assunto.

Quem participou da manifestação também colheu assinaturas para um abaixo-assinado, que será encaminhado ao Congresso Nacional.

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