Servidores municipais de Curitiba prometem fazer muito barulho, amanhã, em frente à Prefeitura. Eles são contra a mudança que está sendo implantada no pagamento do vale-transporte. Até hoje, o auxílio era pago em dinheiro na folha de pagamento. Mas a partir de agosto, os servidores receberão créditos no cartão do servidor para serem usados com exclusividade no transporte coletivo. No entanto, os sindicalistas afirmam que muitos professores dependem de carro para se deslocar. Trabalham em escolas que ficam em bairros distantes e o horário de almoço seria insuficiente para percorrer o trajeto de ônibus.

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Para a presidente do Sindicato do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Diana de Abreu, não existe nenhum motivo legal para a Prefeitura fazer a mudança. A lei federal que trata do vale-transporte não atinge os servidores municipais e estaduais. Há uma legislação municipal que concede o auxílio transporte aos servidores, mas não obriga o uso do transporte coletivo. Diana diz que a mudança não foi discutida, apenas apresentada, e os servidores rechaçaram a proposta em assembléia.

No entanto, o diretor do departamento de Administração da Secretaria de Recursos Humanos, Célio Martis, alega que os servidores concordaram com a mudança. Cita ainda que este ano o governo federal baixou uma medida provisória que proíbe o pagamento em dinheiro, que serviria de parâmetro para os municípios e estados. A prefeitura também aumentou o teto de vencimento dos servidores que têm acesso ao benefício, de R$ 909,18 para R$ 1.500,00, beneficiando 22 mil pessoas.

Os sindicalistas pretendem entregar um abaixo-assinado ao prefeito Beto Richa, pedindo que a prefeitura volte atrás na decisão.

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