Cerca de 300 manifestantes protestaram ontem, em frente da 17.ª Regional de Saúde de Londrina, no norte do Estado, contra a falta de medicamento para quem sofre de glaucoma. Os participantes, todos eles portadores da doença, estão se queixando porque enfrentam dificuldades em adquirir os colírios que ajudam a controlar a enfermidade.
De acordo com Luiz Martins, diretor da Associação dos Direitos da Visão, das 400 pessoas cadastradas na instituição, 110 receberam o colírio no início de junho, quando começou a distribuição do remédio. Esses colírios constam na lista do Ministério da Saúde para distribuição gratuita. ?Não pedimos nada demais. Queremos apenas que o Estado cumpra seu papel. Não podemos perder tempo, porque o glaucoma, se não for tratado com esses colírios, podem levar o portador à cegueira?, reclama. Ele disse ainda que estão dando um voto de confiança aos órgãos competentes, porém querem uma solução rápida.
Ainda ontem, foi realizada uma reunião que contou com a presença da associação, do serviço social do Ministério Público (MP) e com o diretor da 17.ª Regional de Saúde, Adílson de Castro. Foi estipulado um prazo até o dia 2 de agosto para que o problema da falta de remédio seja sanado. Segundo a assistência social do MP, se a reivindicação não for atendida, a associação se comprometeu a fazer uma vigília permanente em frente da regional de saúde.
O diretor da regional disse que vai conversar com as entidades oftalmológicas de Londrina para que possam atender esses pacientes com consultas, exames e medicamentos. Ele cometa também que a situação esteja resolvida antes do prazo dado pela associação e pelo serviço social do MP.
O glaucoma é uma doença que atinge os olhos. Ela eleva a pressão no globo ocular, comprimindo as células nervosas, que eventualmente pode causar a morte destas, resultando em perda da visão permanente. Ela não tem cura, mas pode ser tratada por meio de colírios, que ajudam a manter a moléstia sob controle.