Protesto contra a violência em Umuarama

Cerca de 3 mil pessoas participaram, ontem, de um protesto por causa dos altos índices de violência em Umuarama. Muitos comerciantes da região central fecharam as portas por uma hora para colaborar com a manifestação. As nove entidades que encabeçaram o movimento, com o apoio da Prefeitura, pedem que um batalhão da Polícia Militar e uma delegacia da Polícia Federal sejam instalados na cidade. O argumento é que o efetivo policial atual não dá conta do combate ao crime e a delegacia da Polícia Federal seria necessária porque a cidade é rota do contrabando e do tráfico de drogas, já que fica a 110 quilômetros do Paraguai.

?Nós precisamos de mais policiais. Queremos um batalhão da PM porque já no início receberemos 20 ou 30 policiais a mais. A violência está crescendo. Esse ano já foram registrados 109 assaltos à mão armada na cidade. Ano passado foram 52?, justificou o presidente do Sindicato Patronal do Comércio de Umuarama, Claudinei Herreiro. O protesto começou às 9h, quando os comerciantes fecharam as portas, e seguiu pela principal avenida da cidade até a Prefeitura. O prefeito Luiz Renato Ribeiro de Azevedo (sem partido) caminhou ao lado das entidades e encaminhou à Secretaria de Estado de Segurança Pública e à Superintendência da Polícia Federal no Paraná ofícios com as reivindicações dos manifestantes.

O tentente-coronel Jorge Costa Filho, chefe da comunicação social da PM, explicou que atualmente existe ?pressão para que mais policiais sejam mandados para o interior, mas não há previsão de instalação de um novo batalhão na cidade?. Ele explicou que Cruzeiro do Oeste, cidade próxima a Umuarama, já possui um batalhão que atende a região. ?Umuarama possui uma companhia da PM. A cidade é atendida. A instalação é mais uma questão política que técnica. Mas estamos fazendo de tudo para atender a comunidade?, explicou.

Costa Filho afirmou que novos policiais militares vão ser contratados em breve. Ele não soube precisar o número nem a data da contratação, mas afirmou que não é aumento de efetivo e sim reposição daqueles que saíram da corporação. ?A negociação para a contratação já está adiantada. Ou faremos concurso público ou, se pudermos prorrogar o prazo do último concurso, convocaremos quem está na lista de espera. Uma parte vai ficar na capital e o maior percentual vai para interior?, explicou.

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