Trabalhadores dos Correios deram um “abraço simbólico” ontem pela manhã em frente à agência central e sede da administração da empresa, na Rua João Negrão, em Curitiba, para protestar contra a possível privatização da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Manifestações da categoria se repetiram em outras cidades do País.
De autoria do deputado federal Régis de Oliveira (PSC-SP), o Projeto de Lei (PL) 3.677/2008, que tramita no Congresso Nacional, acaba com o monopólio da ECT para transporte e entrega de correspondência em localidades ou horários não atendidos pela empresa.
No entanto, para o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), caso a quebra do monopólio seja aprovada, há grande risco de demissão aos trabalhadores. “O emprego dos mais de 110 mil funcionários estará em risco”, afirma o secretário-geral do Sintcom-PR, Nilson dos Santos.
Segundo ele, não há motivo para privatizar os Correios. “A ECT é hoje uma empresa lucrativa”, diz. O deputado justifica, no PL, que os modelos existentes em muitos outros países não tem mais monopólio postal, tendo também serviços privados. Para o deputado, poderiam entrar neste mercado cerca de 15 mil empresas privadas que empregam hoje 1,5 milhão de trabalhadores.
