Servidores da UFPR (Universidade Federal do Paraná), do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) se uniram ontem em manifestação pela defesa do serviço público de qualidade. Em Curitiba, das 9h às 11h, eles impediram a passagem de veículos pela Rua XV de Novembro, na esquina com a Rua General Carneiro, gerando congestionamento, confusão e impaciência entre os motoristas. Os trabalhadores das três instituições estão em greve.
?Todos os órgãos públicos federais passam por uma fase difícil, pois está havendo um grande enfraquecimento do serviço público no Brasil. A manifestação é para mostrar que estamos unidos e solidários uns com os outros, por mais que algumas de nossas reivindicações de greve não sejam as mesmas?, comentou a presidente da Associação dos Funcionários do Ibama no Paraná, Guadalupe Vivekananda.
O Ibama está em greve desde o último dia 14. Os trabalhadores do órgão protestam contra a Medida Provisória 366/07, que deve ser votada até o dia 11 e cria o Instituto Chico Mendes. ?O novo instituto fragmenta o Ibama e faz com que muitas de suas atividades fiquem sobrepostas. Vai burocratizar ainda mais os serviços e, desta forma, onerar a sociedade como um todo e o meio ambiente?, afirma Guadalupe.
?Temos que mostrar à população que o serviço público está sendo atingido em diversos setores. Precisamos de soluções aos nossos problemas?, afirmou o conselheiro fiscal da Associação dos Servidores do Incra no Paraná, Cláudio Marques. Em greve nacional desde 21 de maio, os servidores do Incra lutam, entre outras coisas, por recomposição salarial e para que a reforma agrária seja tratada como prioridade dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Já os servidores da UFPR, paralisados desde o início da última semana, protestam contra um estudo realizado pelo Grupo de Trabalho Interministerial que prevê a transformação dos hospitais universitários em fundações estatais; contra a Emenda 3, que faz parte do projeto que cria a Super-Receita; e contra o Projeto de Lei Parlamentar (PLP) número 01, que limita o crescimento da folha de pagamento do governo federal em 1,5% ao ano.
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