As propostas técnicas dos três consórcios que disputam a licitação do transporte coletivo de Curitiba foram abertas ontem à tarde, em sessão pública, no auditório da Urbs.
Agora, a Comissão de Licitação da Urbs vai analisar as propostas e somente depois disso é que serão abertas as propostas de preço. Nas propostas técnicas, os três consórcios detalham como irão operar o sistema de transporte coletivo da capital. Essa é a primeira vez que é realizada uma licitação para o sistema em Curitiba.
No entanto, não há prazos definidos para a finalização da licitação. O presidente da Comissão, Fernando Ghignone, estima que, se tudo correr bem, ainda este mês todo o processo será concluído.
Os três consórcios são formados por 11 empresas. Todas elas já atuavam no sistema de transportes de Curitiba. São elas: Redentor, Araucária e Expresso Azul (que compõem o consórcio Transbus); a Sorriso, Tamandaré, São José e CCD (do consórcio Pioneiro) e as empresas Glória, Marechal, Mercês e Santo Antônio (pertencentes ao consórcio Pontual).
Ontem, os representantes dos consórcios -José Luiz de Souza Cury, Rodrigo Corleto Hoelzl e Dante José Gulin, respectivamente – não falaram com a imprensa. Quatro empresas que já estavam no sistema (Carmo, Curitiba, Luz e Água Verde) não participam da licitação.
Considerando que mesmo depois da licitação as mesmas empresas vão continuar operando o sistema, então não haverá concorrência. Questionado sobre isso, Ghignone disse que o nível de exigência feito agora é muito maior.
“A qualidade do transporte público em Curitiba não pode retroagir, por isso tivemos todo o cuidado para elaborar o edital. Todo ele foi focado para aumentar a qualidade do transporte para o usuário. E isso vai ocorrer, porque, inclusive, há multas rigorosas para quem não atender aos quesitos do edital”, comentou.
O transporte na região metropolitana não muda para o usuário, segundo Ghignone, uma vez que a licitação é para a operação dentro da capital. Ainda não há garantia de que os três consórcios vão passar para a próxima fase da licitação.
Pode ocorrer de algum deles ser desclassificado nessa fase de análise das propostas técnicas, por exemplo. Cada um dos consórcios pleiteia um dos lotes do transporte coletivo de Curitiba.
Se por acaso um deles for desclassificado por não atender a algum ponto do edital, uma nova licitação será feita apenas para aquele lote, o que provavelmente atrasará o processo.
Uma das mudanças que a licitação traz é no sistema de remuneração: antes, as empresas eram pagas por quilômetro rodado; com a licitação, o pagamento passará a ser feito também por passageiro pagante, o que poderá nortear campanhas para que aumente o número de usuários.