Em greve desde quinta-feira para protestar contra o leilão da reserva de Libra, ontem, os petroleiros passaram a negociar o reajuste salarial com a Petrobras. Isto, porém, ainda não significa que a greve irá acabar, pois a proposta apresentada pela estatal foi rejeitada pela categoria. Nova oferta deve ser apresentada hoje. Enquanto isso, a produção e os estoques seguem reduzidos e o risco de desabastecimento está cada vez mais próximo.
Segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores das Distribuidoras de Gás do Estado do Paraná, José Luiz Rocha, a situação ainda está equilibrada. “De alguma forma, há produção e estão repassando o produto. Temos estoque para repassar às revendas”, informou.
Risco
Na Repar, em Araucária, os trabalhadores que não aderiram à greve estão desde o primeiro dia de paralisação na unidade, sem substituição. Para o presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Silvaney Bernardi, além de risco aos funcionários, a situação também está comprometendo a qualidade dos produtos. “Não temos os números precisos de como está a produção, mas os estoques estão bem baixos. Também está baixando a qualidade dos produtos”, disse.
Bernardi ainda destacou que, mesmo não tendo impedido o leilão, a greve serviu para que o assunto fosse discutido entre a sociedade. “Foi uma vitória ter trazido o assunto à tona e promovido o debate. Espero que o debate se aprofunde e a política de exploração por leilões seja revista”, disse.