Pronto-socorro em São José dos Pinhais permanece fechado

O prazo dado à Prefeitura de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, para reabrir o pronto-socorro da Associação Hospital e Maternidade São José dos Pinhais terminaria ontem.

Há exatos dois meses, a Justiça estabeleceu que em 60 dias fosse feita a reabertura, logo que autorizou a transferência do gerenciamento do hospital filantrópico para o município, a pedido do Ministério Público Estadual.

No entanto, como o Estado do Paraná também é citado na ação e ainda não foi oficialmente comunicado, o prazo não contou para o município, uma vez que ambos precisariam estar devidamente notificados pela Justiça para começar a valer.

?O prazo só começa a contar a partir da próxima segunda-feira porque somente hoje (ontem) foi juntada a citação do Estado do Paraná?, explica o promotor Divonzir José Borges, que assina a ação. Ambos os entes públicos são responsáveis pela saúde.

Reabertura

Mas, ainda que o prazo vencesse ontem, o local não seria reaberto. Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores do município, vereador Jairo Melo (PDT), a situação pouco se alterou nesse meio tempo. ?As obras no pronto-socorro estão sendo feitas por apenas dois pedreiros e não vejo a menor possibilidade de reabrir o espaço.?

Além disso, diz o vereador, a taxa de ocupação está bem abaixo da capacidade. ?O hospital tem 80 leitos, mas apenas 20 estão ocupados e estão recusando novos internamentos.?

Para o interventor do hospital e secretário da Saúde de São José dos Pinhais, Giovani de Souza, o estado do hospital realmente não é bom. Mas ele ressalva: ?Quando foi solicitada a intervenção, teríamos que fazer em tempo recorde o que a gestão anterior não fez em 29 meses. Tivemos que fazer um extenso trabalho, como auditorias financeira e organizacional. O hospital estava todo sucateado e nem possuía autorização da vigilância sanitária para funcionar?, explica. Este seria um dos motivos em não aceitar novos internamentos.

O secretário acrescenta que, nesse período de intervenção, o local já recebeu projetos para adequá-lo às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), planos de reestruturação, reforma na recepção e investimentos da Prefeitura. 

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