A situação do pronto-socorro do Hospital Universitário (HU) de Londrina, no norte do Paraná, ultrapassou o estado de caos. Segundo o órgão, até a noite de ontem existiam 81 pacientes sendo atendidos onde a capacidade é de apenas 48.

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A lotação fez com que o HU restringisse atendimento para pacientes mais graves. Por causa dessa situação, o HU está pedindo para que o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e o Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergências (Siate) não levem mais pacientes para lá.

Dentro do pronto-socorro são prestados atendimentos em cinco diferentes áreas, três delas já estão restritas, tais como o pronto-socorro Cirúrgico, Médico e Ortopédico, conforme explica a diretora superintendente do HU, Margarida de Fátima Carvalho.

“Esses setores estão atendendo apenas pessoas que estão em estado grave, correndo extremo risco de morte. Os pronto-socorros de Pediatria e Ginecologia, pelo contrário, ainda permanecem atendendo normalmente”, explica.

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Como se o problema já não fosse ruim o bastante, Carvalho afirma que a situação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) do HU de Londrina também é preocupante.

“Das 81 pessoas que estamos atendendo, 14 estão entubadas e recebendo cuidados de UTI, mas sem a infraestrutura adequada”, diz. Segundo ela, o HU conta com 17 leitos de UTI já ocupados. “Não temos condições de atender corretamente essas pessoas. Precisamos de mais leitos de tratamento intensivo. É o reflexo da situação crônica que convivemos diariamente”, ressalta.

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Questionada, a prefeitura de Londrina afirma que não tem condições de melhorar o atendimento de imediato. “Em princípio não temos uma solução ideal para o momento. A solução seria aumentarmos os leitos, o que não acontece de uma hora para outra. Já tivemos um grande avanço com a abertura do pronto-socorro da Zona Norte e o da Zona Sul, que atendem casos de média complexidade”, afirma Márcio Makoto Nishida, diretor da Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação da Secretaria de Saúde de Londrina.

De acordo com Nishida, a população deve, antes de ir ao pronto-socorro do HU, procurar atendimento nas unidades primárias e secundárias de atendimento. “Muitas vezes os pacientes podem ser atendidos nessas unidades primárias. Apenas casos mais graves devem ser encaminhados ao HU”, diz. “Isso evita que os leitos sejam ocupados por casos de menor complexidade”, ressalta Carvalho.