Foto: Aliocha Maurício

Cláudio Xavier pode ser detido preventivamente.

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O promotor de Justiça de Ponta Grossa, Fuad Faraj, pediu ontem a prisão preventiva do secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier, por descumprimento a uma decisão judicial que obriga o Estado a fornecer insulina Glargina na rede pública de saúde. A justificativa, segundo o promotor, é que o Ministério Público do Estado foi informado esta semana que o remédio estava em falta na rede pública e, como em dezembro de 2005 a Justiça concedeu uma liminar obrigando o Estado a fornecer o medicamento, o responsável pelo órgão está incorrendo em crime.

O pedido de prisão foi protocolado na 3.ª Vara Cível de Ponta Grossa. Fuad pede que o juiz intime o secretário para que a situação seja regularizada em 72 horas e caso isso não aconteça, decrete a prisão. O pedido ainda não havia sido analisado pelo Judiciário ontem.

?Em 2005, solicitamos uma liminar que obrigasse o governo do Estado a fornecer a insulina Glargina, que foi concedida. Até então, tudo transcorria normalmente. Porém, a mãe de um adolescente nos procurou dizendo que foi informada na 3.ª Regional de Saúde que o medicamento está em falta por falta de verba e que não há previsão de regularização?, contou o promotor.

A liminar concedida em 2005 previa multa diária de R$ 3 mil, que seria destinada ao Fundo Municipal de Saúde de Ponta Grossa. No entanto, para Faraj essa pena não estava surtindo efeito. ?Percebemos que a multa não recaia sobre o gestor estadual de saúde. Por conta disso, justificamos que é preciso uma incursão de natureza pessoal para que ele seja compelido a obedecer?, explicou. ?E não podemos viver sob uma política absolutista onde o Poder Executivo não precisa respeitar os demais Poderes?, completou. Faraj afirmou que já recebeu informações que a insulina Glargina está faltando em outras cidades do Estado.

Parkinson

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Esta semana, várias pessoas protestaram por causa da falta de medicamento para mal de Parkinson na rede estadual de saúde. Em função disso, na última quarta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou a liberação de R$ 13 milhões para compra de remédios destinados a pacientes que fazem parte do Programa de Medicamentos Excepcionais de uso contínuo, e também para o abastecimento de unidades e hospitais próprios da Sesa.

No entanto, Faraj questiona, e pretende apurar por que este dinheiro não foi liberado antes, pois é o governo federal que repassa verba para a compra deste tipo de medicamento.

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O governo do Estado informou apenas que, em uma semana, liberou R$ 18 milhões para a aquisição de remédios para o Programa de Medicamentos Excepcionais. Além disso, a Sesa explicou que 60% do dinheiro para estes medicamentos é do governo federal e 40% do Estado.