A educação profissional e tecnológica é a base do Projeto Hemisfério: Gestão e Certificação Escolar para a Formação e Acreditação de Competências Chaves e Laborais do 2.º Ciclo de Educação Secundária. A Organização dos Estados Americanos (OEA) apóia o programa, que tem como objetivo nivelar as ações entre países da América no âmbito da educação.
O Brasil tornou-se líder de uma das regiões formadas para o estudo, que abrange o Mercosul. Na primeira reunião do projeto, realizada ontem em Curitiba, estavam presentes representantes da Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai, além do Brasil. O Paraguai não esteve presente por problemas internos do país.
Francisco Luiz Danna, coordenador nacional do projeto e coordenador-geral de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), explica que estão participando 28 dos 34 países do continente americano. De acordo com ele, o projeto quer homogeneizar os conceitos e processos com o objetivo de formar os técnicos de nível médio mais adequadamente. “Queremos nivelar a formação e tudo que interfere nisso, como a estrutura curricular, os docentes e a certificação”, informa. “Na prática, algo não está funcionando como deveria. Os técnicos precisam ser formados para estimular o desenvolvimento regional. Muitos são formados em cidades do interior e partem para grandes centros. É preciso colocar no mercado empreendedores também.”
Ele explica que o projeto começou em agosto e terá duração de quatro anos. Na reunião de ontem, foram passadas as metodologias de implementação em todos os países do Mercosul. “Estaremos desenvolvendo metodologias para depois aplicá-las e avaliá-las durante os quatro anos. Instrumentos serão criados para a aplicação em todos os países participantes”, conclui.