A Frente de Luta pelo Transporte (FLT) protocolou ontem, na Câmara de Curitiba, projeto de decreto legislativo que prevê a anulação dos atuais contratos do transporte coletivo, redução da tarifa de ônibus para R$ 2,25 e a estatização da Urbs, empresa que gerencia o sistema. O grupo, que reúne diversos movimentos sociais, está convocando manifestação para amanhã, a partir das 18h, na Boca Maldita.

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O documento é baseado nas conclusões do relatório elaborado por comissão do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Divulgado na semana passada, o projeto sugere que a licitação com a assinatura dos atuais contratos da prefeitura com as empresas que operam o sistema sejam anulados. Também recomenda a redução da tarifa para R$ 2,25 e a transformação da Urbs (hoje sociedade de capital misto, com acionistas privados) em empresa 100% pública.

Lucro

Segundo Bernardo Pilotto, membro da organização da frente, o relatório do TCE traz elementos que permitem a redução imediata da tarifa. “Além de nos manifestarmos, estamos apresentando propostas concretas. Está claro que as empresas estão operando com lucros muito elevados. É possível reduzir a tarifa diminuindo a margem de lucro dos empresários, com a anulação dos atuais contratos”, afirma.

A frente também protocolou projeto de lei que concede passe livre a todos os estudantes e desempregados cadastrados no Sistema Nacional de Emprego (Sine). Os documentos serão encaminhados ao presidente da Câmara, vereador Paulo Salamuni (PV), que deve se reunir com integrantes do grupo antes de definir como será a tramitação dos projetos apresentados.

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