O deputado estadual Antônio Anibelli (PMDB) apresentou ontem na Assembléia Legislativa um projeto de lei que estabelece que as crianças diabéticas que estudam na rede estadual de ensino recebam uma alimentação diferenciada. No País, existem hoje 16 milhões de diabéticos e calcula-se que 10% sejam de crianças e adolescentes.
O deputado comenta que muita gente pode ter a doença e não sabe. Deste modo acabam ingerindo qualquer tipo de lanche e agravam o problema. Com a lei, Anibelli espera adaptar a merenda às necessidades das crianças e ainda alertar os pais sobre o assunto.
Mas a nutricionista Marina Munhoz da Rocha, da Associação Parananense de Diabéticos Juvenis (Apad) explica que as crianças diabéticas não precisam de um lanche diferente. A merenda escolar das escolas públicas é preparada por nutricionistas, por isso é balanceada. O que os pequenos precisam ter bem claro é a quantidade de carboidratos que podem consumir. É a ingestão em demasia que aumenta a glicemia (nível de açúcar no sangue). “A partir do momento que controla a quantidade de carboidratos, a glicemia fica controlada”, explica. Marina fala ainda que as crianças gastam muita energia e a falta da substância também pode ser prejudicial.
Hoje em dia os diabéticos podem comer de tudo, basta equilibrar a quantidade. Posem ser consumidos sanduiches de pão com queijo, iogurte, fruta, leite, macarrão, achocolatado e até arroz doce. Marina explica que o maior problema ocorre nas escolas particulares, onde são oferecidos salgadinhos e refrigerantes.
