A criação de um sistema de bilhete único para o transporte coletivo de Curitiba voltou à pauta na segunda-feira, na Câmara Municipal. O projeto, que foi apresentado pela primeira vez no ano passado, estabelece o pagamento de uma tarifa única de acordo com o período de tempo a ser utilizado , que permitiria ao passageiro ter acesso ilimitado às linhas que operam na Rede Integrada de Transporte (RIT).

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O projeto, apresentado nas duas vezes pelo vereador Bruno Pessuti (PSC), prevê três modalidades de cobrança: diária, semanal e mensal. O passageiro poderia escolher uma delas, pagaria o valor estipulado e usaria o bilhete quantas vezes quisesse durante o período. Na compra de um bilhete único diário, por exemplo, a partir da primeira utilização ele teria até 24 horas para usá-lo sem restrições.

Segundo Pessuti, o custo do bilhete seria de no máximo o valor de duas passagens, multiplicado pela quantidade de dias escolhidos pelo passageiro. Com a tarifa da passagem individual custando R$ 2,70, a pessoa que adquirisse um bilhete para usar em uma semana pagaria R$ 37,80. Contudo, o vereador ressalta que antes de estipular qualquer valor é necessário a realização de estudo técnico para avaliar o custo real de cada bilhete.

Para o parlamentar, a adoção deste sistema que já é usado em cidades como São Paulo aumentaria as possibilidades de integração entre as linhas disponíveis e ajudaria a reduzir o tempo que os passageiros passam dentro dos ônibus. “Em uma única viagem você pode usar um ônibus vermelho, verde e amarelo sem precisar pagar a mais por isso. Assim, você utiliza o sistema na sua proporção e não teria mais que se adaptar ao sistema, economizando muitos minutos e também alguns reais”, explica.

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Diferente

O sistema de bilhetagem única valeria para qualquer veículo do transporte coletivo de Curitiba, diferentemente do que acontece com o modelo de integração matricial temporal já existente e implantado em 2010 pela Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), gestora do transporte coletivo. De acordo com a empresa, o sistema que está em funcionamento prevê o embarque somente nos ônibus convencionais (que não fazem integração com estações-tubo e terminais) e em alguns pontos da cidade.

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O modelo da Urbs opera na estação Santa Quitéria com a linha Vila Velha Buritii e, na sequência, na Estação São Pedro, na Linha Verde. As estações-tubo Xaxim, Santa Bernadeth, Fanny e Marechal, todas na Linha Verde, e as linhas Raposo Tavares (convencional) com Jardim Ipê (alimentador), além do Interbairros I, também integram o sistema. À exceção dos tubos da Linha Verde, que têm tempo de cinco minutos para embarque em outro ônibus, as demais conexões têm intervalo de duas horas.