Criar campo de estágio remunerado para alunos do ensino fundamental dentro da própria escola. Esse é o objetivo do projeto Frente de Trabalho Estudantil, que o deputado estadual Mauro Moraes (PL) pretende aprovar ainda este ano na Assembléia Legislativa.

O deputado defende que o projeto auxiliará os estudantes a adquirirem uma experiência profissional, ainda na escola, e resolver a falta de funcionários que muitas instituições enfrentam em determinadas funções. “Muitas vezes as escolas desviam até professores para cumprir funções que não são deles por falta de pessoal. Isso pode ser resolvido com o estágio de alunos, que, em contrapartida, ganham uma oportunidade de experiência”, disse.

O projeto pretende atingir todas as escolas estaduais de ensino fundamental, abrangendo alunos entre 16 e 19 anos. O prazo de contratação deve ser de 12 meses, e a quantidade de vagas corresponderá a 1% do total de alunos matriculados ? não podendo ser superior a doze nem inferior a quatro alunos. O candidato interessado em realizar o estágio deverá apresentar uma proposta de ação para a função, que abrangerá as atividades de auxiliar de biblioteca, almoxarifado ou secretaria, e ainda, monitor de recreação e lazer, informática e área de conhecimento.

Para isso, terá como remuneração um salário mínimo, pago pela Secretaria Estadual da Educação, para a carga horária de quatro horas diárias. A seleção dos candidatos ao estágio deverá obedecer critérios como carência, desempenho escolar, assiduidade e habilidades. No fim do período o aluno receberá um certificado que servirá como referência de trabalho.

O deputado Mauro Moraes ainda não sabe o número de alunos que será beneficiado com esse projeto, e qual o impacto que ele terá na folha de pagamento da Secretaria da Educação. “Mas tenho certeza que não serão necessários muitos recursos, e ainda custará mais barato que contratar funcionários para essas funções”, defendeu. O projeto Frente de Trabalho Estudantil já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e está agora sendo avaliado pela Comissão de Educação da Assembléia. Moraes acredita que ele será aprovado em plenário ainda neste ano.

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