A produção de biogás, através da utilização de dejetos de caprinos e enzimas, pode se tornar uma alternativa econômica e ambiental para produtores da região de Curitiba. Pelo menos é o que espera um grupo de estudantes que desenvolveu um projeto utilizando esse esterco para a geração de energia. O restante do processo também pode ser empregado para a recuperação do solo.

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O projeto, desenvolvido pelos acadêmicos de Engenharia Agrícola, Rafhael Mecchi e Agata Dorigon; e de Biologia, Marcos Pimentel, das Faculdades Integradas Espíritas – e coordenado pelos professores Marcos Proença e Lúcia Grupo -, ganhou o prêmio em primeiro lugar no Congresso Brasileiro de Iniciação Científica, disputado com outros 1,3 mil trabalhos de estudantes do Brasil e exterior. A inovação do projeto está em utilizar as enzimas, que têm a função de acelerar o processo de geração de energia.

O mecanismo consiste em depositar os dejetos em um biodigestor – que é um equipamento que acelera o processo de decomposição do material e retém o gás. De acordo com o engenheiro químico e professor de Engenharia Agrícola, Marcos Proença, o que normalmente acontece nas propriedades é que os dejetos são jogados no meio ambiente, gerando gás metano na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. ?Com o biodigestor, o gás é retido e vai para unidade de geração de energia, que pode ser utilizada na unidade de confinamento ou na residência?, disse. A massa sólida que resta desse processo, a biomassa, é rica em nutrientes e indicada para a recuperação do solo.

Todos os testes foram feitos em uma unidade piloto instalada na universidade. 

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