O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), deu mais detalhes, na manhã desta sexta-feira (15), sobre como serão as ações do projeto Escola Segura, que prevê policiais militares da reserva na segurança de escolas.
De acordo com o governador, a implementação do programa, que estava prevista para o final de maio, foi antecipada por conta da tragédia em Suzano, São Paulo. A previsão é de que, na segunda quinzena de abril, cem escolas estaduais contem com dois PMs da reserva para reforçar a segurança, um para cada turno.
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Na quinta-feira (14), a Secretaria de Educação (Seed) havia divulgado que 60 escolas participariam da primeira fase do programa. De acordo com Ratinho, o número foi ampliado em mais 40 escolas porque foram incluídos colégios na Região Metropolitana de Curitiba, além das unidades em Londrina e Foz do Iguaçu, que já estavam contempladas. A lista ainda não foi fechada, segundo o secretário de Educação, Renato Feder.
“Estão sendo selecionadas as áreas mais vulneráveis, em que as escolas apresentam um maior número de ocorrências, como casos de uso de drogas e violência”, explica Feder.
No total, o estado tem 2.143 escolas, segundo dados disponibilizados pela própria Seed em seu site. Durante o anúncio, Ratinho afirmou que essa primeira fase será um teste para que o programa possa ser ampliado para as demais escolas do estado em um “prazo médio”.
O anúncio foi feito no Palácio Iguaçu, junto com os secretários de Segurança Pública, general Luiz Felipe Carbonell; de Educação, Renato Feder; e da Casa Civil, Guto Silva.
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Controle na entrada e no entorno
Nos próximos 30 dias, segundo o governador, os policiais da reserva serão convocados e passarão por um treinamento de 20 horas, que inclui aspectos pedagógicos. A remuneração será de R$ 113 por dia de trabalho. Cada profissional, ainda de acordo com Ratinho, contará com farda, rádio comunicador, arma e uma moto na porta das escolas. O investimento total é de R$ 5 milhões para os primeiros 150 dias de trabalho.
“Os policiais vão ficar monitorando a entrada das escolas e o entorno, para afastar qualquer tipo de ‘malandro’ que possa ficar ali para aliciar nossos jovens”, disse Ratinho.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, o trabalho dos policiais deve ajudar a prevenir atentados como o de Suzano. “Ao longo do tempo, o policial vai conseguir identificar nos próprios alunos os indicadores de situações como essa”, disse o general Carbonell.
Também farão parte do projeto ações da Defesa Civil; de prevenção de crimes contra a criança, promovidas pela Secretaria da Justiça, Família e Trabalho; e uma cartilha de prevenção ao bullying, que está sendo desenvolvida pela Seed.
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