As ordens de serviços para a realização dos projetos de engenharia e do estudo de impacto ambiental do metrô de Curitiba devem ser emitidos, no máximo, até a semana que vem.
Os trabalhos podem ser concluídos em até 270 dias, para os projetos de engenharia, e em até 240 dias para o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-Rima). Ontem, o prefeito Beto Richa assinou os contratos com as empresas vencedoras da concorrência pública. As obras propriamente ditas podem começar no início de 2010.
O Consórcio Novo Modal fará as avaliações topográficas, geotécnicas, geológicas, hidrólogas e de interferência, além de projetos geométrico, de terraplanagem, de obras viárias subterrâneas, superestrutura ferroviária, de edificações, sistemas fixos e material rodante.
O consórcio também será o responsável pela elaboração do orçamento da obra, estimada inicialmente em R$ 2 bilhões. A empresa Ecossistema vai preparar o EIA-Rima, que compila todas as informações sobre como a obra pode interferir no ambiente e na vida da cidade.
“Hoje (ontem) finalmente começa o metrô de Curitiba, muito aguardado pelos curitibanos. Com isso, teremos agilidade e mais comodidade. Curitiba vinha ficando para trás em relação a demais cidades brasileiras com o mesmo porte, como Recife, Salvador, Fortaleza e Brasília. Não podíamos ficar para trás diante de uma necessidade de toda a cidade. Será o melhor metrô do País”, afirmou Richa.
De acordo com ele, ainda não existe financiamento para o projeto de construção do metrô. Os estudos que serão feitos até o final do ano vão direcionar o porte, custos e todos os detalhes da obra. Com essas informações, a prefeitura vai buscar os recursos.
“Já temos conversas preliminares com vários organismos, inclusive internacionais, no sentido de haver um financiamento para as obras do metrô. Também existe a possibilidade das parcerias público-privadas”, esclarece Richa.
Os recursos para os trabalhos de agora vieram, a maior parte, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades.
A CBTU tem uma parceria com a prefeitura de Curitiba e está acompanhando todo o processo. A chefe do departamento de Planejamento e Estudos de Transportes da Companhia, Luciana Costa Brizon, comenta que o projeto do metrô da capital paranaense está maduro.
“Tudo está sendo feito já com a previsão de crescimento da cidade, com um projeto também inovador”, revela. Segundo Luciana, o sistema integrado de transporte da cidade vai facilitar o funcionamento do metrô. “Fazer o metrô embaixo da canaleta, por um corredor consolidado, faz toda a diferença”, explica. Poucas desapropriações devem acontecer justamente por causa disso.
