Por dia, segundo estimativa do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, acontecem de 10 a 12 assaltos na saída de bancos da capital e de municípios vizinhos.

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Alguns têm consequências graves, como o ocorrido no último dia 18 de outubro, quando um empresário foi baleado na cabeça na saída de uma agência localizada no bairro Cristo Rei.

Com o objetivo de reduzir este tipo de ocorrência, foi apresentado ontem, na sala das comissões da Câmara Municipal de Curitiba, um projeto com propostas que visam contribuir com a melhoria da segurança dos cidadãos que utilizam serviços bancários, assim como de funcionários e vigilantes de agência. A intenção é combater crimes que já vêm sendo conhecidos por “saidinha de banco”.

“Este ano, no Brasil, foram registradas 22 mortes violentas em função de assalto a banco. Destas, nove foram por saidinha”, disse o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, João Soares. “O projeto que estamos apresentando foi elaborado pelas confederações nacionais dos bancários e dos vigilantes e contém uma série de propostas a serem adotadas em todo País”.

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Caixas

Muitas das sugestões têm como foco a segurança nos caixas de autoatendimento. É proposta a instalação de portas giratórias com detector de metais antes dos mesmos e biombos que garantam a privacidade de quem utiliza os equipamentos, assim como já existe, em muitas agências, diante dos caixas comuns. “As pessoas estão com medo de usar os caixas de autoatendimento. Na maioria das vezes, a segurança dos mesmos é deixada de lado”.

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Outras propostas são a instalação de armários com portas individualizadas e chaveadas para guarda de objetos pessoais de clientes; o uso de colete a prova de balas e porte de arma de fogo obrigatório aos vigilantes; existência de vidros laminados, resistentes a impactos e a disparos de arma de fogo nas fachadas externas das agências; e instalação de sistema de monitoração e gravação eletrônica em tempo real, interligado com central de controle fora do local monitorado.

“As propostas, se aceitas e colocadas em prática, irão garantir não só a segurança dos clientes dos bancos como também dos funcionários, que trabalham nas áreas internas das agências. A insegurança é uma das maiores causas de estresse e adoecimento entre bancários. Muitos chegam até a ser afastados de suas funções em razão dos problemas”, comentou o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Otávio Dias.