Um total de 50 novas espécies de peixes foram descobertas na Bacia do Alto Rio Paraná. Pesquisadores das Universidades Estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM), em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (USP), catalogaram as espécies ao longo dos Rios Grande, Tietê, Paranapanema, Paranaíba e Paraná, nos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Ao realizar o levantamento das espécies, foram encontrados peixes de pequeno porte até então desconhecidos, como os que vêm sendo chamados de novo canivete, novo bagrinho, novo cascudinho e novo lambarizinho. No Rio Jacutinga, em Londrina, uma espécie de cascudo, que vive apenas em corredeiras da região, foi detectada pela equipe da UEL, que foi responsável por catalogar os peixes da Bacia do Paranapanema e possui uma coleção de 150 espécies desse local.
O que preocupa agora é a conservação das áreas em que se encontram as espécies. ?A idéia do projeto inclui a preocupação com o impacto humano na região?, explica a pesquisadora Carla Pavanelli, da UEM. Ausência de mata ciliar e aumento da urbanização são apontados como algumas das causas da degradação. De acordo com o pesquisador Oscar Shibatta, da UEL, as principais ações para preservar os rios são simples e conhecidas por todos, mas poucos praticam. ?Não jogar esgoto no rio, não desmatar as margens, entre outras ações.?
O próximo passo é a descrição das espécies, para a qual é preciso conhecer todas as outras espécies do mesmo grupo e comparar a nova descoberta com elas. Em toda a bacia, há cerca de 250 espécies conhecidas, número que pode chegar a mais de 300, segundo o pesquisador.
