A Prefeitura de Maringá expôs ontem pela manhã o projeto de relocação temporária dos comerciantes que têm lojas no terminal metropolitano, interditado desde ontem devido ao risco que oferece aos usuários. Será construído um barracão na Travessa Jorge Amado, que fica a 200 metros do antigo prédio. No entanto, o síndico do terminal, Hofine Salem, afirma que o prédio apresenta condições de uso. Ontem, ele contratou um perito para elaboração de um novo parecer e pretende pedir na Justiça a reabertura do terminal.
O prédio foi construído em 1963 e vinha apresentando problemas. A Prefeitura contratou uma empresa para verificar as condições de uso do local e o documento apontou graves problemas estruturais. O Executivo municipal, em conjunto com outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros, decidiu interditar a construção. A Prefeitura detém 55% do terminal e a iniciativa privada o restante.
Segundo o coordenador de Políticas Urbanas e Meio Ambiente, Guatassara Boeira, o novo espaço para abrigar os lojistas poderá ser construído em 60 dias, mas espera uma resposta dos comerciantes. No entanto, os proprietários são contra a interdição. Salem diz que tem outro documento elaborado por engenheiros da administração anterior, que mostra que o prédio ainda tem condições de uso, além de solicitar a outro perito a elaboração de um novo estudo. De posse dos documentos, pretende entrar na Justiça.
Além disso, o síndico diz que o terminal passou pela vistoria do Corpo de Bombeiros feita em dezembro de 2006. Na época, só foi pedido para que a administração do terminal implantasse medidas de combate a incêndio e melhorasse a parte elétrica. O prazo para o término das melhorias só venceria no próximo mês. Para Salem, a medida tomada pela Prefeitura é política porque existe a intenção de demolir o terminal e começar outras obras no local.
Ele afirma também que não foi convidado para participar da reunião sobre a relocação das 46 lojas. Na noite de ontem seria realizada uma assembléia com os proprietários para apresentar os custos da reforma pedida pelos bombeiros. Os 25 mil usuários das linhas que dão acesso à Região Metropolitana de Maringá e utilizavam o terminal foram deslocadas para ruas próximas.