Apesar de 15 empresas terem comprado o edital que prevê a revitalização da Rua 24 Horas, no centro de Curitiba, nenhuma compareceu à audiência que iria avaliar as propostas.
O projeto de revitalização formulado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc) está orçado em R$ 5 milhões e deve ser realizado por meio de uma parceria público-privada (PPP). Agora a Prefeitura, Ippuc e Urbanização de Curitiba (Urbs) vão avaliar que medidas tomar.
A Prefeitura fechou a Rua 24 Horas, que liga as ruas Visconde de Nácar e Visconde do Rio Branco, na quadra entre as ruas Comendador Araújo e Emiliano Perneta, em setembro do ano passado com a justificativa que a estrutura física estava danificada, que os 15 dos 42 comerciantes que permaneciam lá não abriam mais as lojas de madrugada e que o público que freqüentava não era mais formado por turistas. O local, que foi a primeira rua comercial coberta do Brasil, foi inaugurado pelo ex-prefeito Jaime Lerner em setembro de 1991 e até então não havia recebido reformas.
Os principais pontos do projeto do Ippuc são a troca da cobertura e do piso. Ele prevê também que apenas seis estabelecimentos com ramos comerciais pré-definidos vão poder atuar no local. Eles devem ficar abertos ininterruptamente. De acordo com o projeto original, a empresa que ganhasse a licitação para a realização da obra teria o direito de explorar o comércio por dez anos com direito a prorrogar por mais dez.
Os antigos comerciantes iriam ser relocados para ruas da cidadania, porém não aceitaram. Agora esperam a licitação para tentar permanecer num local que foi um dos mais tradicionais pontos turísticos de Curitiba. De acordo com as novas regras que especifica o tipo de comércio um restaurante, um café, uma revistaria, um mini-mercado, uma farmácia e uma loja de presentes , apenas três dos antigos comerciantes estão aptos para voltar.
A Urbs informou, por meio da assessoria de imprensa, que será estudado o motivo de não haver interessados e eventuais mudanças no projeto.
