Os medicamentos para o tratamento da Dermatite Atópica poderão ser oferecidos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). É o que propõe o projeto de lei da deputada estadual Maria Victoria (PP). A parlamentar enviou um requerimento à ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, solicitando a incorporação dos inibidores das enzimas Janus Kinase (JAK) Abrocitinibe, Upadacitinibe, Baricitinibe e imunobiológicos, a exemplo do Dupilumabe, que são medicamentos cuja bula foi aprovada com indicação específica para o tratamento da dermatite atópica.
“Nenhum desses medicamentos está à disposição dos usuários do SUS, e apenas poucos planos de saúde cobrem o tratamento da dermatite atópica com essas medicações. São remédios mais modernos e mais eficazes”, afirma a deputada.
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Maria Victoria explica que alguns dos medicamentos, a exemplo do Baricitinibe e Upadacitinibe, já foram incorporados pelo SUS, porém possuem indicação para o tratamento de outras doenças, a exemplo da artrite reumatóide.
“O SUS já adquire esses medicamentos. Precisamos incorporá-los aos protocolos de tratamento da dermatite atópica já que as bulas já orientam sobre o uso no tratamento da dermatite atópica”, reforça.
Dados
A dermatite atópica é um dos tipos mais comuns de alergia cutânea caracterizada por eczema atópico. É uma doença genética, crônica e que apresenta pele seca, erupções que coçam e crostas, geralmente acometendo dobras dos braços e parte de trás dos joelhos. Não é doença contagiosa e pode vir acompanhada de asma ou rinite alérgica.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia apontam que 59% dos brasileiros já tenham apresentado pelo menos um dos sintomas característicos da dermatite atópica. Porém, o diagnóstico correto para a doença ocorreu em apenas 1% dos casos. Outros 2% dos casos foram diagnosticados como alergia.