Um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal de Curitiba gera polêmica entre taxistas. A proposta do vereador Mestre Pop (PSC) exige que táxis e vans escolares passem a utilizar a cadeirinha para transportar crianças de até sete anos. A lei em vigor obriga o uso do equipamento só em veículos de passeio. Motoristas de táxi alegam que é inviável obrigar a categoria a adquirir o acessório.

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Segundo o autor do projeto, o objetivo é oferecer segurança para as crianças em qualquer tipo de veículo. “Hoje a lei diz que só veículos de passeio são obrigados a usar as cadeirinhas, mas não diz nada sobre vans escolares e táxis. Como uma mãe que vai usar um táxi faz quando tem que levar a criança junto? Esse dispositivo de segurança tem que estar em todos os veículos”, defende Mestre Pop.

Para o presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná (Sinditáxi-PR), Abimael Mardegan, a proposta é positiva, desde que os pais sejam os responsáveis por levar a cadeirinha para o táxi. “É inviável obrigar todos os taxistas a ter essas cadeirinhas porque você não pode ter só uma, tem que ter de todos os tipos para os diferentes tamanhos e pesos de criança. Na prática, não tem como dar certo. Essa lei só vai funcionar se obrigar os pais a levarem as cadeiras para seus filhos. Tem que discutir melhor essa lei e ter um pouco mais de coerência”.

O inspetor Wilson Martines, porta-voz da Polícia Rodoviária Federal no Paraná (PRF-PR), é amplamente a favor da proposta, mas também questiona o lado prático da lei. “Todo e qualquer tipo de aparato de segurança em veículos será apoiado por nós. Até porque todos os números mostram que depois da obrigatoriedade do uso da cadeirinha, o número de crianças feridas e mortas no trânsito diminuiu sensivelmente. Mas é preciso ver o lado dos motoristas de táxi e de vans. São diversos tipos de equipamentos que eles terão que adquirir e instalar”, lembra.

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