Projeto da UFPR beneficia ilhas

Cerca de três mil habitantes da Ilha Rasa, das Gamelas e das Laranjeiras ? localizadas no entorno da baía de Guaraqueçaba ? já podem sonhar com uma melhor qualidade de vida. Através de projeto da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e sob financiamento Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), as três ilhas estão sendo alvo de uma extensa pesquisa socioeconômica que tem como objetivo principal conciliar a preservação do ambiente ao desenvolvimento econômico da região. Hoje representantes da comunidade local e da UFPR se reúnem, a partir das 9h, em Paranaguá, para definir as prioridades para projetos de desenvolvimento sustentável.

“Os moradores dessas ilhas vivem em um estado de pobreza. A educação é só até a 4.ª série primária e não existe atendimento médico local. Às vezes, eles demoram até oito horas para chegar a um hospital”, conta a coordenadora do projeto, professora de extensão universitária da pró-reitoria da UFPR, Marlene Gomes Walflor. Segundo ela, a economia local é limitada e a renda per capita não chega a um salário mínimo. “Vivem sobretudo da pesca e do artesanato”, resume.

Marlene explica que com a verba de R$ 80 mil liberada pelo FNMA, foi realizado um diagnóstico socioeconômico da região, para identificar condições físicas, ambientais e culturais. “A partir do diagnóstico, vamos elencar projetos prioritários para elaborar propostas que sejam implantadas em dois anos”, adianta. Para essa segunda fase, está prevista a liberação de R$ 400 mil. “É a comunidade que vai eleger os projetos econômicos e sociais a serem implantados”, afirma. Além da UFPR, participam do projeto ONGs, e entidades como o IAP, Ibama, Patrimônio da União.

De acordo com Marlene, um dos projetos é incentivar a pesca local, principalmente através de criatórios, para que haja produção o ano inteiro. Em 1998, também através de um projeto da UFPR, os moradores das ilhas iniciaram o cultivo de ostras. Hoje, há ainda a pesca de camarão e tainha. “Além da pesca, há a questão do atendimento à saúde e à educação”, salienta Marlene.

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