O projeto “Bullying não é brincadeira”, da Secretaria Municipal da Educação, ganhou adesão entre os 1,4 mil estudantes e professores da Escola Municipal Papa João XXIII, no Portão. Ontem (01) as turmas de 4.º e 5.º ano participaram de atividades e dinâmicas sobre o tema. O projeto foi criado para debater e promover nas unidades de educação a temática do respeito às singularidades.
Um boneco feito de balões foi usado para representar uma criança vítima de bullying. A cada palavra pejorativa dita por uma criança, uma bexiga do boneco era estourada. O objetivo era demonstrar o sentimento da vítima do bullying.
“Uma pessoa que sofre bullying deve ficar muito triste, meio sem vida, assim como ficou o boneco”, disse João Vitor Moreira, de 11 anos. A intenção do projeto é envolver e fazer com que os estudantes vivenciem de forma lúdica as diferenças individuais, estimulando o respeito às singularidades, diversidades, deficiências e necessidades educacionais especiais.
Cada escola que participa do projeto desenvolve suas dinâmicas, a partir das propostas do projeto que orienta os profissionais das escolas, Centros Municipais da Educação Infantil (CMEIs) e demais unidades escolares sobre o que deve ser feito para evitar o bullying entre as crianças.
“A Rede Municipal de Ensino promove há muitos anos a inclusão, e nossos alunos devem aprender a conviver com as diferenças, principalmente no ambiente escolar, que é onde muitas crianças passam boa parte do dia”, disse Viviane Maito, da Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais da Secretaria.
A estudante Eduarda de Souza Diogo, de 9 anos, contou durante a dinâmica muitas histórias sobre atitudes de desrespeito entre colegas. “Muitos pensam que é brincadeira, que não tem problema dar apelidos, mas sei de colegas que ficaram muito magoados”, disse a estudante.
O projeto “Bullying não é brincadeira” é realizado nas escolas a partir da orientação e formação dos profissionais da Educação que recebem um kit para trabalhar as atividades com as crianças. Os kits são compostos por cinco bonecos coloridos e uma apostila de apoio que apresenta as singularidades de cada um dos personagens do projeto, todos com algum tipo de deficiência. Assim, professionais da educação podem trabalhar o tema de forma lúdica, aproximando da realidade das crianças.