Proibido uso de celulares dentro de agências bancárias

Desde ontem, clientes de agências bancárias de Curitiba estão proibidos de manipular celulares dentro de bancos. A proibição acontece em virtude da lei municipal 13.518, que entrou em vigor quarta-feira.

A nova norma passa aos gerentes das agências a responsabilidade de apreender o equipamento caso clientes insistirem em utilizar celulares. A nova norma, porém, divide a opinião de clientes.

Para o economista Valério Zilber a medida é válida. “Sou a favor pela segurança. O celular é uma ferramenta com muitos recursos. Com ele as pessoas podem falar, enviar mensagens e até mesmo tirar fotos de dentro das agências”, diz.

A opinião de Zilber é contestada pela dona de casa Arlete Mascatelli. “O que vamos fazer em caso de emergência? Muitas pessoas trabalham e dependem do celular. Não podemos simplesmente proibir a utilização. Acredito que essa restrição trará mais problemas do que soluções”, opina. “A proibição pode evitar ou dificultar o assalto, mas o jeitinho brasileiro sempre vai prevalecer”, pensa a funcionária pública Elizabethe Cusatis.

Para o autor da lei, vereador Tito Zeglin, a intenção é aumentar a segurança dos clientes. “Queremos barrar a ação dos bandidos que utilizam celulares para avisar comparsas do lado de fora sobre pessoas que sacaram grandes quantias de dinheiro”, afirma.

Segundo ele, os clientes não terão que deixar ou manter em locais específicos seus aparelhos. “Basta guardar o celular desligado ou no modo silencioso, assim como fazemos em igrejas, formaturas e eventos do tipo”, compara.

Em princípio não haverá fiscalização para essa lei, o que poderá mudar futuramente. “A prefeitura não vai fiscalizar porque a lei não prevê punição. Mas, se não houver uma conscientização das pessoas, poderemos criar uma emenda com algum tipo de multa, o que não é nosso objetivo. Queremos segurança”, frisa o vereador. Desde ontem, as agências bancárias são obrigadas a exibir um aviso informando a restrição à manipulação do celular.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que recomenda seus associados a adotar providências para que toda legislação seja cumprida. No entanto, a entidade ressalta que os bancos não têm poder de polícia para proibir o uso dos celulares nas agências e que, por restringir direitos individuais, poderá causar transtornos e desconforto às pessoas que estiverem nos ambientes em questão. Segundo Zeglin, caso o cliente se recuse a seguir a lei, é permito aos gerentes o contato com a Polícia Militar, “que no seu papel cuidará da situação”, diz.

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