O Ministério da Educação lança hoje o Programa Escola da Fábrica, que visa a dar formação profissional a jovens de baixa renda, com idade entre 15 e 17 anos. Na solenidade de lançamento do projeto, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) será representado pelo seu diretor-geral, Eden Januário Netto, e pelo professor Alfredo Vrubel.
Os dois vão falar sobre o Projeto Formare, criado há dez anos numa parceria com a Fundação Iochpe, que já profissionalizou cerca de 2 mil jovens carentes. “Há o comprometimento da empresa que formou o jovem em encaminhá-lo no mercado de trabalho. Cerca de 75% dos alunos que terminaram o curso estão trabalhando com carteira assinada”, explicou Vrubel, idealizador do projeto.
Segundo o diretor-geral do Cefet-PR, a entidade vai se colocar inteiramente à disposição do governo federal para mostrar suas experiências com o projeto. O Formare leva para dentro das empresas, utilizando a estrutura já existente, vinte alunos em cada turma. As aulas são ministradas por funcionários da empresa. “A fundação sensibiliza a empresa a participar do projeto. Já o Cefet faz o currículo e certifica o curso. Os estudantes aprendem a teoria, e dentro da empresa têm contato com a prática”, explicou.
Seleção
Para participar do projeto é feita uma seleção com a comunidade no entorno da empresa. É necessário ter uma renda per capita menor ou igual a meio salário mínimo, ter entre 15 e 17 anos e estar cursando no mínimo a 8.ª série. “A avaliação é feita por uma comissão formada na empresa”, contou Vrubel.
Ele destacou que num determinado momento as empresas passaram a dar ao estudante meio salário mínimo, não como pagamento, mas como um forma de evitar a evasão. Antes disso, muitos acabavam largando o curso para ajudar nas despesas familiares.