De acordo com o Ministério da Saúde, em média, os bebês curitibanos são amamentados por cerca de dez meses. Segundo um levantamento do órgão, a média do período de aleitamento materno de crianças curitibanas passou de 221,9 dias em 1999 para 300,84 dias em 2008.

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Mesmo com o aumento do período médio de amamentação, o resultado ainda é inferior à média nacional, cujo período passou de 295,9 para 341,59 dias. As informações foram repassadas ontem como parte das divulgações referentes à Semana Mundial de Amamentação.

De acordo com o estudo, realizado com 118 mil crianças de todas as capitais, do Distrito Federal e de mais 239 municípios brasileiros, a média do período de amamentação da capital paranaense só é maior em comparação à de Recife (293,11), Belo Horizonte (300,68), São Paulo (292,82) e Porto Alegre (299,34).

O estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses. Em 1999, esse índice era de 35%, passando para 52% em 2008.

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Em Curitiba este índice passou de 40,5% para 56,6%, superando os números nacionais. Houve também um aumento médio de um mês na duração do AME nas capitais e no Distrito Federal.

Há dez anos, a duração do AME era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias. O AME refere-se à alimentação feita exclusivamente com leite da mãe. O estudo também aponta para uma melhora nos índices de crianças amamentadas na primeira hora de vida.

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Do total de crianças analisadas, 67,7% mamaram nesse período. Em Curitiba, 71,2% das crianças que fizeram parte do levantamento foram amamentadas nos primeiros 60 minutos de vida.

Em todas as regiões, a probabilidade de as crianças serem amamentadas nos primeiros dias de vida supera 90%, com queda mais acentuada a partir do quarto mês.

Ações

Desde o último sábado, profissionais de saúde e equipes de enfermeiros do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba estão prestando orientações sobre a importância do leite materno a mães e gestantes da capital. Na Boca Maldita, no Centro, foi instalada uma tenda para este fim.

Segundo a enfermeira chefe do Banco de Leite Materno do HC, Maria Celestina Grazziotin, a principal meta é estimular mães que tiverem leite sobrando a encaminhar o material para o banco de leite do HC. “O leite poderá ser importante para a recuperação de prematuros”, afirma.

As ações de orientação, promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde e organizadas pelo Programa de Aleitamento Materno da prefeitura, com o apoio do Hospital de Clínicas da UFPR, se estenderão até a próxima sexta-feira. O atendimento na tenda da Boca Maldita é feito das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.