Depois de professores, policiais federais, servidores técnicos e médicos, agora é a vez dos trabalhadores autônomos de salões de beleza paralisarem suas atividades. A partir das 14h de hoje, a categoria se reúne na Praça Carlos Gomes para protestar contra a ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) que pretende anular os contratos firmados entre os profissionais e os salões.
O Sindicato dos Profissionais Autônomos em Beleza do Estado do Paraná (Spabep) fará a marcha da praça até a Procuradoria do Trabalho, na Avenida Vicente Machado. Os participantes se vestirão de preto para representar o “dia do luto do profissional autônomo da beleza”.
A ação do MPT questiona o trabalho autônomo nos salões e prevê a obrigatoriedade de contratação dos profissionais como empregados, o que na prática, segundo representantes da categoria, reduziria os ganhos de todos os profissionais envolvidos. O processo questiona o vínculo empregatício que acontece na rede Expert.
Conquista
Para Sandoval Tibúrcio, presidente da Spabep, o trabalho autônomo e livre é uma conquista da categoria e, com os registros em carteira, o rendimento destes profissionais pode cair consideravelmente. “Hoje um profissional consegue ganhar cerca de R$ 2.000 como autônomo. Se houver o registro e piso, qual seria o percentual de comissão? Os trabalhadores passariam a ganhar entre R$ 764 e R$ 1.250”, compara.
O MPT alega que quer acabar apenas com os contratos nos quais há vínculo empregatício, apesar de se tratar de prestação de serviço autônoma. Além disso, o órgão quer estender a investigação a outras redes de salões, principalmente aquelas com mais de 50 profissionais.
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